Pular para o conteúdo principal

Brasileiro sobrevive a uma noite perdido em pista de esqui na França







Eduardo, de 28 anos, não conseguiu esquiar e decidiu descer a pé a montanha, nos Alpes Franceses. Exausto, após mais de quatro horas de caminhada, o turista brasileiro passou a noite em um bosque, com temperatura de seis graus.
Estudante de Filosofia e Francês, Eduardo estava com amigos e familiares na estação de Deux Alpes, no maciço do Mont-Blanc. “No último domingo (12), por volta das 16h, o jovem brasileiro decidiu se separar do grupo que estava com ele e descer sozinho a pista verde (nível mais fácil) ”, conta a RFI Brasil o policial Nicolas Grand-Jean, que encontrou o brasileiro no dia seguinte.
Novato no esqui, Eduardo não conseguiu descer a pista a cerca de 1800 metros de altitude. De acordo com a equipe da Segurança Civil e do pelotão responsável pelas buscas (PGHM, na sigla em Francês), como não conseguiu deslizar na pista, o brasileiro decidiu tirar os esquis e descer a pé. “Ele caminhou por mais de quatro horas. Mas andar na neve, com botas de esqui, exige um esforço imenso”, explica o policial.
Cansado, Eduardo decide se sentar em um bosque de árvores ao lado da pista. Embora tenha visto a passagem das máquinas para remover a neve e feito gestos para os funcionários, os trabalhadores não o viram e nem o ouviram.
Buscas e preocupação da família
Por volta das 18h, sem notícia alguma de Eduardo, seus amigos decidem pedir socorro às autoridades locais. Primeiro, os policiais entraram em contato com a estação de esqui para saber se algum ferido havia sido identificado.
Em seguida, policiais e amigos do estudante percorrem vários bares e restaurantes da estação em busca de ajuda, de testemunhas, se alguém o teria visto.
Enfim, os policiais foram até o quarto do hotel onde estava alojado Eduardo para saber se ele havia, ao menos, voltado da montanha. Nenhum sinal.
“Neste momento, nós chegamos a cogitar a possibilidade de trazer um helicóptero com câmera térmica de Lyon para continuar as buscas”, conta Nicolas Grand-Jean. “Mas a área do possível desaparecimento era muito grande, não era viável”, lamenta.
Durante à noite, várias equipes da segurança civil e da polícia foram mobilizadas e percorreram o suposto itinerário de Eduardo.
Dia seguinte
Os policiais tiveram, então, que esperar o nascer do sol para realizar um voo, com um helicóptero da Segurança Civil, e continuar as buscas visuais. Eles decolaram às 7h30. “Com 45 minutos de voo, nós avistamos um homem andando, com os esquis apoiados no ombro”, conta, aliviado, o policial que o resgatou.
"Ele teve sorte de as temperaturas ficarem mais amenas nas últimas horas: fez seis graus durante esta noite. Nos últimos dias, estivemos abaixo de zero quase o tempo todo", disse a RFI Nicolas Grand-Jean. ”Eles estava cansado, claro, mas não sofria de hipotermia. Foi uma longa noite, mas ele estava bem”.
O único lamento do policial é que quando Eduardo decidiu parar, “ele já havia descido mais da metade da pista e estava a apenas algumas centenas de metros da estação de esqui”.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Corpo é encontrado dentro de porta-malas de carro incendiado em Anhembi

Veículo estava abandonado às margens da Samuel de Castro Neves (SP-147). Caso é investigado.   Um corpo foi encontrado dentro do porta-malas de um carro incendiado em Anhembi (SP) nesta quinta-feira (18). Segundo a Polícia Militar, a equipe recebeu uma denúncia que o veículo estava abandonado às margens da Samuel de Castro Neves (SP-147). A Polícia Civil vai investigar o caso e a principal suspeita é que seja um caso de homicídio. A vítima não foi identificada.

Pai é suspeito de matar filho de 13 anos e enterrar corpo em praia no Rio... - Veja mais em https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2017/05/04/menino-de-13-anos-e-morto-pelo-pai-e-tem-corpo-enterrado-em-praia-no-rio-diz-policia.htm?cmpid=fb-uolnot-blo&cmpid=copiaecola

A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu, na quarta-feira (3), um homem suspeito de assassinar o próprio filho, um adolescente de 13 anos, e depois enterrar o corpo na areia da praia de Araruama, na região dos Lagos. O autor do crime, segundo investigação da 118ª DP (Araruama), foi identificado como Robson da Silva Ribeiro. Para a polícia, os fatos indicam que o menor pode ter sido morto por conta de uma disputa envolvendo pagamento de pensão alimentícia. Em depoimento, segundo a polícia, Robson confessou ter enterrado o filho na praia, mas negou que tenha sido ele o responsável pela morte do jovem. O suspeito afirmou, sempre de acordo com a polícia, que o adolescente se afogou no mar. Assustado e temendo ser apontado como autor de um homicídio, o pai teria decidido ocultar o corpo da vítima. A polícia afirma, por outro lado, que a versão dele "não coaduna com as provas das investigações". O desaparecimento do jovem ocorreu no dia 6 do mês passado, após ele ter