Pai é suspeito de matar filho de 13 anos e enterrar corpo em praia no Rio... - Veja mais em https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2017/05/04/menino-de-13-anos-e-morto-pelo-pai-e-tem-corpo-enterrado-em-praia-no-rio-diz-policia.htm?cmpid=fb-uolnot-blo&cmpid=copiaecola
A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu, na quarta-feira (3), um homem suspeito de assassinar o próprio filho, um adolescente de 13 anos, e depois enterrar o corpo na areia da praia de Araruama, na região dos Lagos.
O autor do crime, segundo investigação da 118ª DP (Araruama), foi identificado como Robson da Silva Ribeiro. Para a polícia, os fatos indicam que o menor pode ter sido morto por conta de uma disputa envolvendo pagamento de pensão alimentícia.
Em depoimento, segundo a polícia, Robson confessou ter enterrado o filho na praia, mas negou que tenha sido ele o responsável pela morte do jovem.
O suspeito afirmou, sempre de acordo com a polícia, que o adolescente se afogou no mar. Assustado e temendo ser apontado como autor de um homicídio, o pai teria decidido ocultar o corpo da vítima.
A polícia afirma, por outro lado, que a versão dele "não coaduna com as provas das investigações".
O desaparecimento do jovem ocorreu no dia 6 do mês passado, após ele ter sido deixado pela mãe na porta da escola. Na ocasião, ele não chegou a entrar no colégio e, desde então, seu paradeiro permanecia desconhecido.
O corpo da vítima foi encontrado quatro dias depois, na praia do Dentinho, situada no distrito de Praia Seca. À época, relatou a Polícia Civil, o fato gerou grande clamor público e teve repercussão nacional. Pessoas foram às ruas em passeatas com faixas e cartazes pedindo justiça.
A 118ª DP informou ainda que, no decorrer do inquérito, foram localizadas "inúmeras câmeras de vigilância que possibilitaram perfazer todo o trajeto da vítima".
Os agentes identificaram que, depois de o jovem ter sido deixado na porta da escola, o carro do pai foi visto na mesma região, em horário semelhante ao do sumiço do filho.
"O trabalho de inteligência contou com recursos tecnológicos avançados, o que possibilitou aos agentes conseguirem determinar os pontos georreferenciais que o pai de Robson Junior percorreu no dia do desaparecimento do seu filho. Os policiais constataram que, na tarde daquele dia, ele esteve no mesmo local em que o seu filho foi encontrado morto quatro dias depois", divulgou a polícia, em nota.
Contradições
Chamado para depor, Robson inicialmente contou uma "versão fantasiosa", na avaliação da Polícia Civil, envolvendo outras pessoas com objetivo de "reforçar seu álibi". As testemunhas citadas por ele foram imediatamente convidadas a prestar esclarecimentos e negaram a história contada pelo suspeito.
Diante dos fatos, o pai foi então confrontado com as "robustas evidências produzidas pelos policiais", entre as quais provas testemunhais, fotos, vídeos de câmeras de segurança, registros de coordenadas de GPS e de aplicativos de celular e informações de operadoras de telefonia.
Robson acabou não sustentando a história prestada inicialmente e, durante o depoimento, apresentou outra versão. Ele passou a alegar ter encontrado com o filho "ocasionalmente" perto do colégio e o convidado para ir à praia.
A reportagem entrou em contato com a Polícia Civil para checar se o suspeito já possui advogado constituído, mas ainda não recebeu resposta. O contato foi feito por telefone, às 8h15, e por e-mail, às 8h19. Robson encontra-se à disposição da Justiça. Ele deve ser indiciado por homicídio qualificado.
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